The Economist erra: os invergonháveis somos nós!...

Duvido muito que algum servidor tenha ficado abalado com a matéria do The Economist... Nem eles, nem nós contribuintes-eleitores... Quem não tem vergonha na cara somos nós... Perdemos a capacidade de nos indignar por fatos relevantes... Juntamos um milhão de homossexuais, quinhentos mil maconheiros e milhares de "vadias", marchando em causas próprias cujo mérito não me compete discutir, mas quando sabemos de fatos como esses citados pela revista, ainda que de novidade não possua nada, não damos à mínima... Ninguém vai para às ruas, nem mesmo entopem as caixas de mensagens de seus vereadores, deputados ou senadores como sinal de indignação... Nada acontece e ficamos aqui discutindo o sexo dos anjos. Quem criou os dispositivos legais que permitem que um Sarney da vida acumule ganhos de R$ 62 mil mensais foram eles mesmos, conduzidos por nós ao cargo que ocupam... Moralidade, probidade e ética não fazem parte do genoma do brasileiro, ou se fez algum dia, perdeu-se em mutações variadas de caráter... Triste é pensar que não dispomos de ferramentas adequadas para reverter isso... Seria necessário reinventar o país e arregaçar às mangas em trabalho árduo, por décadas... Mas não possuimos aquela chama interior necessária a isso... Nem mesmo o exemplo de sociedades que assoladas por guerras, fome, pestes e que se reergueram são capazes de nos inspirar... Sendo assim, o custo dessas bandalheiras todas é relativamente barato... É a justa remuneração de nossa indolência... Estique as pernas, pegue seu whiskie ou sua cervejinha, ligue a Tv e vá curtir seu "domingão do faustão" e depois engate naquela partida de futebol... Só não esqueça que a vida lá fora não para e que enquando você relaxa, alguem mete a mão no seu bolso com o seu aval eleitoral... Bom domingo!