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Por conta de um e-mail que recebi de meu amigo Percy Vieira que remonta ao longínquo ano de 2006 e ainda hoje circula na grande rede, cabe lembrar que houve um tremendo rebuliço à época, quando da divulgação do valor do benefício que Lula recebia e ainda recebe como “anistiado político”.
Muitos foram os ‘Kamaradas’ que se levantaram contra a divulgação deste documento por julgar que ele continha informações de cunho pessoal e privado de Lula. Desnecessário dizer que discordo amplamente, já que como e onde é gasto o dinheiro do contribuinte não pode ser considerado informação privada, salvo em caso de Segurança Nacional, coisa de que definitivamente, o documento não trata.
Os arquivos do período pós-64 sofreram toda sorte de pressão para ter seu conteúdo revelado, independente da confidencialidade deles, para servir como “lastro” de uma campanha pública visando angariar apoio do cidadão contribuinte aos sucessivos assaltos aos cofres públicos promovidos pela ‘cumpanheirada’ petista.
Esse assalto se deu e ainda se dá na forma de indenizações aos anistiados políticos e vultosas pensões pagas pelo estado brasileiro, à custa de todos nós.
Sendo assim, reproduzo o artigo abaixo lembrando que os dados nele contidos abrangem o período de Agosto de 2006 à Outubro de 2007, exceto pela imagem acima, que é de Junho de 2008.
Por Félix Maier*
Em 2006, o então presidente-candidato andou se comparando com algumas figuras históricas. Comparou-se com Jesus Cristo e com Tiradentes. Logo apareceu uma piadinha na internet: “a gente o crucifica ou o enforca”? Lula também se comparou com Gandhi, o exótico pacifista que dormia com moças nuas para se aquecer.
De fato, Lula tem algumas semelhanças com Gandhi. Enquanto Gandhi se apresentava como pobre, porém tinha uma entourage muito dispendiosa para lhe dar apoio, Lula, o “pai dos pobres”, tornou-se milionário durante o período em que está à frente da presidência da República.
“Gandhi não foi um libertador, mas um político exótico, cujo florescimento só foi possível graças à proteção proporcionada pelo liberalismo britânico”. (...) Conhecemos mais sobre as intimidades de sua vida do que a de qualquer outro ser humano na história. Ele vivia em público no seu ahsram ou acampamento religioso, atendido por um numeroso círculo de mulheres devotas, cuja maioria estava sempre pronta a descrever sua forma de viver nos mínimos detalhes. Em meados dos anos 70, já existiam mais de quatrocentas biografias dele, e a edição inglesa de seus pronunciamentos, compilada por cinqüenta pesquisadores e trinta funcionários do Ministério da Informação indiano – que criou um departamento especial com esse propósito – preencheria oitenta volumes com uma média de 550 páginas cada.
(...) Na verdade, o próprio ahsram de Gandhi, com seus gostos ‘simples’, porém muito dispendiosos, e inumeráveis ‘secretários’ e empregadas, só se sustentava com pesados subsídios bancados por três príncipes mercadores. Assim observou uma pessoa do seu círculo: ‘Custa muito dinheiro manter Gandhi vivendo na pobreza’ “(Paul Johnson, in Tempos Modernos, pg. 397-398)”.
E quanto custa manter Lula se apresentando como o “pai dos pobres”? Custa caro, caríssimo, como podemos comprovar, a seguir.
Inicialmente, Lula custa caro ao Brasil por ter-se aposentado aos 42 anos, recebendo uma “Aposentadoria de Anistiados”, que no mês de agosto de 2006 foi de R$ 4.508,82 e 13º salário igual a R$ 2.254,41, totalizando R$ 6.763,23, com desconto igual a R$ 0,00. Qualquer trabalhador com menos de 65 anos e benefícios acima de R$ 1.258,00 paga imposto de renda na fonte. Lula não foi exilado, preso político nem torturado – por que então essa regalia? Lula pegou alguns dias de xilindró como preso comum, não como preso político, por ter afrontado a Lei de Greve.
Aliás, esse tipo de imoralidade foi estendida a muitos “militantes políticos” ou familiares de, por conta de uma alegada “perseguição política”. Entre os privilegiados da sorte grande, podem-se citar os familiares dos terroristas Prestes, Apolônio de Carvalho, Lamarca e Marighela, e o escritor Carlos Heitor Cony, que recebeu uma indenização de cerca de R$ 1,5 milhão e salário mensal equivalente ao de ministro do STF – o maior salário da nação para funcionários públicos. Segundo a revista Veja (artigo “Comunistas profissionais”.), de 11/10/2006, pg. 74, o montante de indenizações concedidas por FHC e Lula já chega a R$ 3 bilhões!
Lula custa caro ao Brasil porque viaja muito. Para viajar com mais conforto ao exterior, sem muitas escalas, Lula gastou quase R$ 200 milhões para comprar o Air Force 51, mais conhecido como “Aerolula” – valor que daria para construir 5 hospitais.
Viajando muito, Lula custa caro ao País porque recebe diárias que, no exterior, são pagas em dólares. Devido a essa e outras mordomias palacianas, em que não precisa despender nenhum centavo para pagar casa, cama e comida – embora se hospede nas casas de embaixadores, no exterior, com casa, cama e comida grátis -, em três anos e meio Lula tornou-se milionário, duplicando seu patrimônio, hoje avaliado por ele próprio em torno de R$ 1 milhão.
Lula custa caro ao Brasil porque criou vários ministérios inúteis, com o único objetivo de empregar a “companheirada” que havia sido derrotada nas eleições de 2002, a exemplo de Olívio Dutra. Custa caro ao País sustentar Lula porque permitiu que o PT tomasse de assalto o Estado brasileiro, criando mais de 20.000 novos cargos de confiança para petistas e aliados, chegando perto do astronômico número de 50.000 cargos (os EUA têm somente 4.000 cargos semelhantes). Além de ser um verdadeiro assalto aos cofres públicos, essa “ação entre amigos” foi feita para forrar os cofres do Partido, pois todos os kamaradas têm que pagar o “dízimo” à igreja petista.
Lula custa caro ao Brasil, muito mais do que Gandhi custava à Índia, porque permitiu a maior roubalheira que se tem notícia na história brasileira. O governo Collor, ao lado do de Lula, foi um convento de freiras. Mensalão, dólares na cueca, dólares das FARC, dólares de Cuba, sanguessugas, dossiê-gate são os mais novos neologismos criados por Lula e pelo PT, já comuns na boca de toda a população brasileira – e até no exterior.
Lula custa caro ao Brasil por permitir que seu filho, Lulinha, e dois sócios petistas recebessem R$ 15 milhões da Telemar, dinheirama injetada numa firma de fundo de quintal. Hoje, Lulinha possui um canal de televisão e quando a imprensa pede explicações por essa sem-vergonhice, Lula candidamente desconversa, dizendo que ninguém tem nada a ver com os negócios de seus familiares. Nos negócios de sua família, realmente ninguém tem o direito de opinar, porém, nas negociatas, sim! Durante o governo Castelo Branco, este demitiu um irmão que se meteu em falcatruas.
Lula custa caro ao Brasil por continuar a política de FHC, de remeter farto dinheiro aos terroristas do messetê, para que continuem o esbulho no campo, o assalto de caminhões nas estradas, a invasão de prédios públicos. Lula é o próprio messetê, na medida em que coloca o boné de Pedro Stédile na cabeça, em pleno Palácio do Planalto.
Lula custa caro ao Brasil por forrar as despensas de seus palácios com comida e bebida que daria para alimentar um batalhão.
Lula custa caro ao Brasil por ter reconhecido a China como uma “economia de mercado”. Com o dólar barato, sapatos, roupas, tecidos, eletroeletrônicos e quinquilharias diversas invadiram nosso País, ocasionando a quebradeira de muitas indústrias nacionais.
Feliz foi à Índia, que tinha três magnatas para sustentar a pobreza de Gandhi.
Infeliz é o Brasil, que precisa financiar Lula, Lulinha, os “40 ladrões” denunciados pelo Procurador-Geral da República e a companheirada enquistada no Estado brasileiro,
*Félix Maier é militar da reserva e escritor.