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Chute o Lula

domingo, 28 de dezembro de 2008

O Brasil que todos sonhamos...



Discurso proferido pelo Professor Weber Figueiredo paraninfo da turma de formandos em Engenharia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em 13 de agosto de 2002.
Ilustríssimos Colegas da Mesa, Senhor Presidente, meus queridos Alunos, Senhoras e Senhores.
Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma.
Esta é como se fora a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades. Um momento festivo, mas também de reflexão.
Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu falasse da importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais. Mas, como sou paraninfo de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil.
Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó.
A banana é um recurso natural que não sofreu nenhuma transformação. A bananada é igual à banana mais outros ingredientes mais a energia térmica fornecida pelo fogão mais o trabalho da vovó e mais o conhecimento, ou tecnologia da vovó. A bananada é um produto pronto que eu vou chamar de riqueza. E a vovó? Bem a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.
Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas. Um quilo de banana custa um real. Já um quilo da bananada custa cinco reais.
Por que essa diferença de preços? Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas. Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar à bananada.
Resumindo, 1 quilo de bananada é mais caro do que 1 quilo de banana porque a bananada é igual à banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.
Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias. Em média: 1 quilo de soja custa dez centavos de dólar, 1 quilo de automóvel custa dez dólares, isto é, cem vezes mais, 1 quilo de aparelho eletrônico custa cem dólares, 1 quilo de avião custa mil dólares, ou seja, dez mil quilos de soja, e 1 quilo de satélite custa cinqüenta mil dólares. Vejam quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação. Os países ricos sabem disso muito bem.
Eles investem na pesquisa científica e tecnológica. Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa cem gramas por 250 dólares. Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro. A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil.
O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico. O Brasil é
rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre. Os países
ricos são ricos materialmente porque eles produzem riquezas. Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre. País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo. Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.
Gostaria de deixar bem claro três coisas:
1) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto;
2) não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário; e
3) acho abominável àqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano. Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos.

Creio que agora posso falar do ponto principal. Para que o nosso Brasil torne- se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas. Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia, já que temos abundância de recursos naturais e energia. E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens que estão se formando hoje.
Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa.
Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção. Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado. Somos meros montadores de kits eletrônicos.
Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos. O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais. Os projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio. Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas. É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo. Assim como as águas dos rio correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção ao países detentores das tecnologias avançadas.
A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural. Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes. Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender. Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais. Garantirá trocas mais justas no comércio exterior. Garantirá a criação de mais e melhores empregos. E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais.
O curso de engenharia da UERJ, com todas as suas possíveis deficiências, visa a formar engenheiros capazes de desenvolver tecnologias. É o chamado engenheiro de concepção, ou engenheiro de projetos. Infelizmente, o mercado desnacionalizado nem sempre aproveita todo este potencial científico dos nossos engenheiros. Nós, professores, não podemos nos curvar às deformações do mercado. Temos que continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo. Eu posso garantir a todos os presentes, principalmente aos pais, que qualquer um destes formandos é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão. Os meus trinta anos de magistério, lecionando desde o antigo ginásio até a universidade, me dão autoridade para afirmar que o brasileiro não é inferior a ninguém, pelo contrário, dizem até que somos muito mais criativos do que os habitantes do chamado primeiro mundo.
O que me revolta, como professor e cidadão, é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo. Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas. Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza. Assim, quem pensa que a solução par a os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado. O dia em que um presidente da república, ao invés de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas. Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira. Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada.
Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque vocês já foram testados e aprovados.
Finalmente, gostaria de parabenizar a todos os pais pela contribuição positiva que deram a nossa sociedade possibilitando a formação dos seus filhos no curso de engenharia da UERJ. A alegria dos senhores, também é a nossa alegria.

Muito Obrigado.
Colaboração de Percy Vieira.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Oportunidade de emprego: Salário?... Até R$ 100 mil por mês!


O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro entrou com ação para anular um concurso para a vaga de Prático, com remuneração em torno de R$ 100 mil por mês. Segundo o MPF, a medida cautelar foi notificada no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para que seja determinado o cumprimento de decisão judicial da 4ª Vara Federal que determina a suspensão do concurso, realizado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha do Brasil.
De acordo com a ação civil pública, foram diversas as irregularidades apuradas no último concurso que, apesar de não ser destinado ao provimento de cargos ou empregos públicos, deve seguir as normas previstas para todo concurso público, como a impessoalidade, o sigilo do caderno de questões, a publicidade, entre outros. O Prático é um profissional que assessora os comandantes de navios nacionais e estrangeiros em águas restritas, com conhecimentos técnicos de acidentes geográficos, correntezas, ventos, sendo o responsável pelas embarcações nas manobras realizadas em portos brasileiros. Trata-se do exercício de uma função pública, e não de um emprego ou cargo público.
Entre as irregularidades encontradas estão ausência de dez cadernos de questões em uma das salas na primeira fase, coincidindo com o número exato de candidatos faltantes naquela sala; um caderno de questões encontrado em um sanitário feminino durante a realização do concurso, fato ocultado pelos organizadores; a não identificação dos candidatos nos referidos cadernos; a possibilidade de violação do lacre nos envelopes que continham as provas; a ilegalidade na exigência de taxa para o candidato recorrer de questões que ele considerasse incorretas; a não apresentação dos motivos e justificativas para a anulação de cinco questões e alterações de outras duas no gabarito definitivo, após o exame dos recursos impetrados pelos candidatos, o que modificou o resultado do processo seletivo, ensejando uma série de mandados de segurança na Justiça Federal.
Esse concurso é uma grande besteira, já que se sabe que prático é uma função passada de pai pra filho e prático não ganha fixo... Os práticos mais requisitados são particulares e ganham por "estacionada"... Eles podem receber por mes entre 70 a 150 mil.
Aliás, Prático como o próprio nome diz, exige anos de "prática", e o profissional tem que conhecer correntes, bancos fixos e móveis e tem ter habilidade pra entrar num canal mesmo com calado mínimo.
Mas que isso está cheirando mal, está.

Fonte: SOLANGE SPIGLIATTI - Agencia Estado.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

'Surto' de bom senso na câmara dos deputados...


A Câmara dos Deputados botou água no chope dos suplentes de vereador que já faziam festa para comemorar a criação de mais 7.343 cadeiras nas câmaras municipais de todo o Brasil. A mesa diretora do legislativo decidiu que não vai encampar o inchaço porque o projeto original, aprovado em maio pelos deputados federais, foi desfigurado pelo Senado. O problema está no fato de os senadores terem retirado do texto original a parte que reduzia os gastos com vereadores de R$ 6 bilhões para R$ 4,5 bilhões anuais. Eles empurraram com a barriga o quesito despesa, aprovando só o aumento no total de vereadores. Como decisões desse tipo, que implicam mudanças na Constituição, precisam ser promulgadas pelas mesas das duas casas legislativas, o recuo da Câmara surge como um rasgo de bom senso frente a uma medida polêmica e desnecessária. E que, além disso, por ser omissa no aspecto gastos, poderia gerar despesa extra, indo na contramão de um momento de crise que exige o máximo de cuidado com os gastos públicos.
Agora, face ao recuo estratégico da diretoria da Câmara, o aumento no número de vereadores terá que ser revisado pelos deputados federais, o que só acontecerá em 2009. Se aprovado, valerá apenas para as próximas eleições municipais, acabando com outro ponto polêmico da matéria, já que os atuais suplentes queriam tomar posse imediatamente. Cabe lembrar que, no Rio Grande do Sul, a proposta aprovada pelo Senado aumentaria o número de vagas nas câmaras de 119 cidades.
Fonte: clicrbs.com.br/blogs

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Apreendidos somos nós...


Doze anos de idade... Nove passagens pela polícia como ladrão de carros... O moleque é o bicho!... Sementinha germinada do mal... Mas falar desta nova passagem do delinqüente juvenil por uma delegacia de polícia pouco importa, bem como pouco importa o nome dele, da mãe, do pai e de quem quer que seja que esteja ligado a ele.
Ele é só mais um entre milhares de jovens em situação de risco neste triste país. Temperamento violento, corpo franzino e uma fé cega na impunidade institucionalizada... Afinal, ele coitado, é ‘menor’... A família falhou na educação deste indivíduo, e isso é claro... Mas falha mais grave cometeu o poder público ao não ser minimamente capaz de identificar e adotar medidas enérgicas após a segunda, terceira, oitava passagem do delinqüente pela polícia, ou mesmo muito antes disso... Onde andava nas diversas ocasiões o Conselho Tutelar?... Onde andavam os membros do Juizado de Menores?... E o Estatuto da Criança e do Adolescente?... Ninguém sabe, ninguém viu!... Será que nem mesmo num caso evidentemente grave, e que dava sinais inequívocos de que ali estava uma criança problemática, o poder público foi capaz de agir preventivamente?... O que esperam?... Que ele mate alguém?
Fico me perguntando se ele, menor e delinqüente, é realmente meu único inimigo... Não senhores, não é!... Meu verdadeiro inimigo é o estado brasileiro.
O mesmo Estado que me faz sentir na mendicância ao exigir meus direitos fundamentais, tais como saúde, educação, saneamento, transporte, segurança, e que me cobra uma vultosa indecência por isso.
Enquanto isso, nossos legisladores preocupam-se em criar leis cada vez mais politicamente corretas, repletas de neologismos e ineficácia, onde um menor infrator não é mais sequer ‘preso’... É ‘apreendido’ e obrigado a cumprir às tais medidas ‘sócio-educativas’ em uma escola de criminosos... Esse é o estado brasileiro, que cremos, deveria proteger-nos, mas que de fato é nosso verdadeiro inimigo.
Enquanto isso, fruto de uma família desestruturada e políticas públicas falidas, o caos está nas ruas, e parece que os ‘apreendidos’ somos nós.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Nova eleição em Guapimirim...


Reproduzo a notícia publicada no blog do Sidney Rezende:
- Por maioria de votos, o Plenário do TRE-RJ indeferiu o registro de candidatura do prefeito eleito de Guapimirim, Renato Costa Mello Junior, o Junior do Posto (PTC). A decisão anula os 13.735 votos obtidos pelo candidato em cinco de outubro, o equivalente a 74,14% dos votos válidos. Assim, uma nova eleição para a Prefeitura do município vai ser marcada e, pela legislação, o TRE-RJ tem até o 24 de janeiro para definir a data do novo pleito.
Quatro magistrados do TRE-RJ entenderam que a eleição em Guapimirim perderá legitimidade porque Junior do Posto havia requerido a substituição do tio, Nelson do Posto (PTC) às 18h31min do dia 4 de outubro, ou seja, a menos de 14 horas do início da votação. Com isso, não teria havido tempo hábil para informar à população da renúncia da candidatura de Nelson do Posto a prefeito e da conseqüente substituição por Junior do Posto, que era o vice na chapa.
O registro de Nelson do Posto havia sido cassado no TRE-RJ em 1º de setembro, por ele estar incluído na listagem do Tribunal de Contas da União dos gestores com contas julgadas irregulares. O candidato recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral, mas a cassação do registro foi confirmada em três de outubro. Os magistrados do TRE-RJ entenderam que, ao recorrer da decisão, Nelson do Posto teria que prever a possibilidade de perder o prazo de substituição, pois o artigo 43 da Resolução TSE 22.717, diz que o recurso ocorre "por conta e risco" do candidato. -
Em tempo:
Guapimirim, que já havia virado uma espécie de ‘feudo eleitoral’ da família ‘Do Posto’, corro o risco agora de virar terra de ninguém com a nova eleição a ser marcada até 24 de janeiro de 2009... O festival de baixarias que tomou conta da cidade nas eleições anuladas pelo TRE-RJ, corre o risco de se repetir, tornando o clima na cidade ainda mais tenso... De todo modo, foi o fim de uma fraude escandalosa que induziu o eleitor ao erro... Os carros de som usados na campanha do candidato Nelson do Posto, embora tivessem tempo hábil, não informaram ao eleitor da mudança ocorrida, fato que a lisura exigia... O fato é que o grande beneficiado nessa bagunça toda deverá ser Sebastião Medeiros, candidato do PT... Quanto a Ailton Vivas, que descanse em paz.
Veja o site do TER-RJ em: http://www.tre-rj.gov.br/noticias/menu.htm

sábado, 13 de dezembro de 2008

Coração de Advogado...


Certa tarde, um bem sucedido advogado estava sendo conduzido em sua limusine para seu sítio quando observou dois homens maltrapilhos comendo grama ao lado da estrada.
Ele ordenou imediatamente ao motorista que parasse, saiu do veículo e perguntou:
- Por que vocês estão comendo grama?
- Porque nós não temos dinheiro para comprar comida respondeu um dos homens.
- Bem, você pode vir comigo para o sítio - disse o advogado.
- Senhor, eu tenho uma esposa e três filhos aqui.
- Traga-os também - replicou o advogado.
- E quanto ao meu amigo?
O advogado virou-se para o outro homem e disse:
- Você pode vir também.
- Mas, senhor, eu também tenho esposa e seis filhos - disse o segundo homem.
- Eles podem nos acompanhar também - disse o advogado enquanto se dirigia de volta à limusine.
Todos se acomodaram como puderam na limusine e, quando já estavam a caminho, um dos acompanhantes disse:
- O senhor é muito gentil. Obrigado por levar a gente com o senhor.
O advogado respondeu:
- De nada... Vocês vão adorar meu sítio.
A grama está com quase um metro de altura.

Colaboração: Ednei Barra da Silva.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Meu querido índio...


Não adianta espernear... Tecnicamente o Supremo já teria atestado a constitucionalidade do projeto do governo que cria a reserva Raposa Serra do Sol, e cria brasileiros de segunda classe, já que “não índios” sequer poderão cruzar o território demarcado, sem autorização dos mesmos... Mas como já está decidido se o ministro Marco Aurélio Mello pediu vistas do processo?... Simples... Os ministros que já tinham o seu voto decidido resolveram declarar seu voto, portanto, já havia até o meio desta tarde, seis votos favoráveis a demarcação contínua das terras... Como são onze ministros, se nada mudar, essa pilhéria fundiária deve se concretizar, a não ser que após o parecer de Marco Aurélio, alguém mude o voto... Tem muita gente que crê que os “indiozinhos”, coitados, só querem o que lhes pertence por direito... Isso nem de longe é verdade!... O que está por oculto nesse suposto ato de justiça, é o interesse de um incontável número de ONG´S na riqueza do subsolo daquela região... A cobiça nas terras amazônicas não é novidade, e eu mesmo tive oportunidade de constatar isso quando vivi em Manaus no fim dos anos 70... Esse índio romântico e ingênuo que a sociedade defende, não existe há muito tempo.
O problema é que antes, quem os explorava eram brasileiros, e de tempos para cá, os estrangeiros passaram a ocupar este papel, movidos pela cobiça e escudados na força do Dólar e do Euro... Nem adianta falar das inúmeras decisões que só estão aguardando este parecer... Essa coisa de demarcar terras imensas, de modo continuo, vai fazer com que, em certos locais, os índios sejam recebidos a chumbo e pólvora, e não adianta reclamar... Tem cheiro de sangue no ar.
Não tem porque dezenove mil indiozinhos ocuparem uma área de um milhão e novecentos mil hectares, maior que muitos países da Europa... Esses indiozinhos podem circular por qualquer lugar do território nacional e se estabelecer em qualquer região sem restrições, mas qualquer outro brasileiro, para entrar nas áreas demarcadas, depende de autorização deles... Esse gentio, historicamente manipulável, está servindo a interesses que nada tem em comum com os interesses nacionais... Se cometemos erros ancestrais com esse povo, que se corrija então, mas não fracionando o país de forma irresponsável.
Índio tem todo direito de ter sua terrinha para caçar, pescar, plantar uma mandioquinha e encher a cara de pinga, e como incapazes que são, cabe a nós impedir alianças espúrias que fragmentem o país.
Pedir que esse governo seja sensato, de pouco ou nada adianta.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A verdadeira história do tráfico no Rio...


Não adianta colocar somente na conta dos pobres!
Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília, critica o 'cinismo' dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas.
Guedes desafia a todos que 'tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir: eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro'. Leia o artigo na íntegra:
'Eles ajudaram a destruir o Rio'.
É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro.
Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.
Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.
Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.
Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias..
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.
Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira - por extensão.
Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato.
Festa sem cocaína era festa careta.
As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.
Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou.
Onde há demanda, deve haver a necessária oferta.
E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa-lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.
Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é digamos assim, tolerado.
Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas venham a público assumir:

'Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro.'

Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes.'

Fonte: Jornal de Brasília.

Obrigado Vivian, por sua inestimável colaboração.

Festa de encerramento da temporada 2008...

Para quem gosta de automobilismo:

Contamos com você lá!

sábado, 6 de dezembro de 2008

DELCÍDIO REJEITA TÚNEL ENTRE CONGRESSO E PLANALTO...



O delírio visionário de Juscelino Kubitschek ao sonhar construir a nova capital do Brasil no planalto central, levado a termo por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer resultou no monstrengo que temos lá hoje... Para que serve Brasília?... Não sei, sinceramente não sei... Transformou-se na capital nacional da burocracia, custa caríssimo ao contribuinte e com efeitos práticos que não justificam tamanha estrutura... Mas uma coisa temos que admitir: Por ser um mosaico do que nós brasileiros somos, os políticos lá instalados são capazes de pérolas como essas:
Alguns deputados querem construir um túnel ligando o Congresso ao Palácio do Planalto... O tal túnel teria 25 metros de extensão!... Isso mesmo!... Você não leu errado não!... Não são 250 metros!... É menos do que mede lateralmente a maioria dos lotes padrão nas cidades brasileiras, em média medindo 12 m. x 30m... O ’mimo’ custaria à bagatela de cerca de R$ 3 milhões de reais aos cofres públicos... Tudo por conta, segundo dados, do crescente aumento no número de atropelamentos na travessia da via que liga as duas casas... Mas vem cá: Será que eles não podem resolver o problema com instalação de semáforos, lombadas eletrônicas, ou mesmo os famigerados ‘pardais’ que infestam às demais cidades brasileiras?... Delcídio Amaral recomenda menos preguiça aos defensores da proposta de construir o túnel... O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, diz: “não acho que tenha problemas demais. Cabe à Mesa Diretora do Senado analisar”. Delcídio Amaral condena: “o Palácio está aqui pertinho e faz bem à saúde”, ainda mais que como se sabe, a maioria dos deputados e senadores quando vai ao Planalto, vai de carro oficial... O que falta ao congresso, mais que um túnel, é vergonha na cara!

FRASES DE LULA (verídicas), PARA RIR... OU CHORAR...



"Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor com o povo da América Latina"
Luiz Inácio Lula da Silva.

"A grande maioria de nossas importações vem de fora do país."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"O Holocausto foi um período obsceno na História da nossa nação. Quero dizer, na História deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer
governante. E essa palavra é "estar preparado".
Luiz Inácio Lula da Silva.

"O futuro será melhor amanhã."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz."
Luiz Inácio Lula da Silva.

PELOTAS É UMA CIDADE QUE EXPORTA VIADOS."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"Um número baixo de votantes é uma indicação de que menas pessoas estão a votar."
Luiz Inácio Lula da Silva.

Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"MINHA MÃE NASCEU ANALFABETA."
Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não é a poluição que está prejudicando o meio-ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso.”
Luiz Inácio Lula da Silva.

É tempo para a raça humana entrar no sistema solar."
Luiz Inácio Lula da Silva.

Marido de grávida terá estabilidade...


Existem coisas que não deveriam mais nos surpreender em termos de Brasil, mas ainda causam espanto... Foi deste modo que me peguei quando da divulgação do projeto de lei de autoria do presidente da casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que proíbe a dispensa arbitrária ou sem justa causa do trabalhador cuja mulher ou companheira estiver grávida, por um período de 12 meses... O prazo a ser contado é a partir da concepção presumida, comprovada por laudo de médico vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta ainda precisa ser votada no Senado e passou pela Câmara em um momento de crise econômica e ameaça de demissões no País... Após o parecer conclusivo da CCJ da Câmara dos Deputados, Chinaglia comemorou a aprovação. “Ao propor este projeto, minha preocupação foi com a criança e a família... Não consigo imaginar, no nascimento da criança, um pai desempregado... É uma forma de dar maior tranqüilidade à mãe e isso repercute também na saúde do feto e do recém-nascido. Espero que o Senado aprove.”
O autor do projeto disse acreditar que não haverá pressão de empresários para que a proposta não entre em vigor. “Qualquer empresário moderno e lúcido sabe dos benefícios e da maior produtividade dos empregados que têm benefícios. É apenas um critério para proteger os pais que terão filhos, para que eles não sejam os primeiros em listas de demitidos. Não acredito em reação dos empresários, esse tipo de medida não caracteriza o engessamento das relações trabalhistas. Há países onde os trabalhadores têm muito mais proteção que os nossos”, afirmou Chinaglia... Só que o momento econômico que nos aguarda para o próximo ano é recheado de incertezas e uma empresa que atravesse dificuldades econômicas se verá em apuros para reduzir seu quadro de funcionários... A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota em que se diz preocupada com a aprovação projeto pela CCJ. Segundo a nota, a CNI espera que “o Senado reforme essa decisão”. Para a entidade, propostas como essas “podem gerar efeitos colaterais indesejados ao afetar a competitividade empresarial e até mesmo inibir a geração de empregos”.
De acordo com a CNI, a proposta é inoportuna, pois “agrega mais um risco associado à legislação trabalhista, com reflexos negativos sobre a gestão das empresas”. Para a entidade, o projeto também é inconstitucional... Pelo texto aprovado, o empregador que desrespeitar as regras fica sujeito à multa equivalente a 18 meses de remuneração do empregado. Porém, as regras não valem para o trabalhador contratado por tempo determinado... Penso que é mais uma interferência nas já tumultuadas e complexas relações entre patrões e empregados, e que se apresenta mais como uma medida politiqueira que pode prejudicar fortemente às empresas, entupir os TRT´S pelo país afora e fazer a alegria dos advogados trabalhistas.
Enquanto isso, a carga tributária das empresas continua nas alturas...
Aprovar um projeto desses é de uma irresponsabilidade sem medida.
Só uma pergunta: Como se dará a situação de um trabalhador que se declare solteiro ao ser contratado, e que ao ser demitido alegue que será pai?... Isso vai dar muito “pano pra manga”... Certamente o trabalhador que for casado ou mantiver uma união civil estável terá que ser analisado não apenas por seu perfil profissional, mas pela possibilidade de reproduzir-se.
As empresas não merecem mais esse ônus.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E assim se fez o silêncio...


Na segunda-feira, 1º de dezembro de 2008 foi anunciada a saída de circulação de um dos mais tradicionais jornais carioca... A Tribuna da Imprensa.
Fundada nos anos 40 por Carlos Lacerda, um dos mais polêmicos personagens do cenário político carioca e nacional, a Tribuna foi adquirida na década seguinte por Hélio Fernandes, e manteve o mesmo estilo agressivo e polêmico que caracterizou o jornal desde os tempos de seu fundador... Mesmo que não raramente discordasse veementemente da linha editorial do jornal e da abordagem por vezes inapropriada de alguns temas, não se pode descartar a importância que o jornal teve nesses quase 60 anos.
Durante o período do governo militar, a Tribuna foi alvo de toda sorte de perseguições, que iam desde boicote de anunciantes até o incêndio de bancas de jornais que insistissem em vender o diário... Por conta disso, está nas mãos do Supremo um pedido de indenização que importa em cerca de R$ 10 milhões de reais e nunca é julgado... Coisas do Brasil, onde certamente seria diferente se alguma indenização fosse destinada a ‘reparar injustiças’ cometidas contra os ‘cumpanheros’ terroristas instalados hoje no poder... Pelos motivos que já citei, nunca fui muito fã da Tribuna, mas por acreditar antes de mais nada na liberdade de expressão, lamento profundamente que isso tenha ocorrido... O fato é triste porque morre um pouco da polêmica que tanto bem faz a Democracia, em que pese estarmos em tempos de uma “maré vermelha” que tomou conta do país, e estejamos nos afastando cada vez mais dela sem que o povo se dê conta disso.
Em um Estado onde os jornais cada vez mais se parecem com uma deliciosa sopa de chuchu, a Tribuna deixa uma lacuna difícil de ser preenchida.
É o perigo do pensamento único que alimenta o silêncio da omissão.
Perdemos todos nós.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Viva o cinismo!...




Recebi de minha amiga Vivian e compartilho por não imaginar momento político mais oportuno:

"Alguns dos pensamentos abaixo datam do início da humanidade.
A lição que aprendemos é que nada mudou no ser humano, em que pese
a imensa transformação tenológica. Aí vai:

"Leis escritas são como teias de aranha. Pegarão os fracos e os pobres, mas serão despedaçados pelos ricos e poderosos" (Anacáris, príncipe dos citas) - a respeito das recentes decisões soltando Daniel Dantas;

"Hoje há grande demanda de pessoas que fazem o errado parecer certo" (Terêncio, dramaturgo latino nascido em Cartago) - muito aplicável em nossa política atual e de sempre;

"Nós enforcamos os ladrõezinhos e indicamos os grandes ladrões para os cargos públicos" (Esopo, fabulista romano) - a respeito dos criminosos de colarinho branco;

"O roubo de milhões enobrece os ladrões" (Marquês de Maricá, político brasileiro) - idem;

"Os ladrões de bens privados passam a vida no cárcere e nos grilhões. Os ladrões de bens públicos, no ouro e na púrpura" (Catão, estadista romano) - idem;

"Há três tipos de governo: o que faz acontecer, o que assiste acontecer e o que nem sabe o que acontece" (George Santayna, filósofo norte-americano) - a respeito do Governo Lula, deixando a opção de resposta para cada leitor.

É claro que dedico isso aos parlamentares brasileiros que acabam de livrar a cara de "paulinho" da Força Sindical, mais um pilantra beneficiado por interesses inconfessáveis...

Assim caminha o governo brasileiro...