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Chute o Lula

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A “negritude” e a presidência americana...



Confesso que estou de saco cheio de ouvir a afirmação de que Obama é o primeiro presidente negro da história americana... Todos sabem disso, e é mais uma razão para tirarmos o chapéu para a sociedade americana, que há pouco mais de 40 anos proibia que um negro olhasse nos olhos de um branco, entre outras coisas... Isso no Brasil é impensável... Quase duzentos anos depois de assinada à Lei Áurea, preferimos continuar tratando os negros como irmãos... Na verdade, meio-irmãos, como tantos meio-irmãos gerados na alcova pelos brancos Senhores de Escravos... Bastardos, entre outros adjetivos possíveis... Aqui não temos que nos preocupar com direitos civis de negros... Eles raramente oferecem competição à elite branca dominante... Não disputam os melhores postos de trabalho, não disputam os melhores salários do mercado, não comem no Fasano e não se hospedam no Copacabana Palace... Tirando às Artes e o Esporte, e um ou outro que se destacam nos meios acadêmicos, as únicas coisas que disputam é um trem lotado para o trabalho ou a boca de fumo do concorrente... Daí preferirmos continuar fingindo que aqui não existe preconceito... A dura e tristemente bela história dos negros no Brasil sequer parece ser percebida por nós brasileiros, escondidos por trás de nossos Insul-Films, devidamente refrigerados... Não há indignidade e segregação que o carnaval não cure... Lá sim, talvez resida o único momento onde a cor da pele pouco importa e onde eles são “senhores do espetáculo”... Mas enquanto o carnaval não chega, continuamos fingindo que somos todos iguais... A mídia do mundo inteiro parece pouco se importar com o homem que existe por baixo da cor da pele e faz questão de ressaltar a origem étnica de Obama, como se o mundo White Power ainda não se tenha conformado com um negro no comando da mais poderosa nação do mundo... Não se iludam: Tanto lá como cá, ao primeiro escorregão de Obama, seremos todos impiedosos como sempre com a cor, mas cretinos e dissimulados como sempre para negarmos isso.
Vide Silvio Berlusconi e sua afirmação de que Obama é “bonito, jovem e bronzeado”, e sua tentativa de desmentir que houvesse racismo velado em sua declaração.

sábado, 27 de setembro de 2008

McCain Vs Obama - 1º Round.


O fato é que o debate transcorreu de forma relativamente equilibrada, com Obama batendo, como era de se esperar, nos dois tendões de Aquiles do atual período de administração republicana: A guerra do Iraque e a excessiva liberalidade econômica que permitiu à crise financeira atual... Obama dirigia-se a McCain em vários momentos, tratando-o pelo primeiro nome, e usando a técnica de responder olhando diretamente para câmera... Respondeu de forma mais ampla sobre vários temas, diferentemente do que faz normalmente, onde é sempre muito vago, e deixa uma forte impressão de não saber bem sobre o que está falando, como no momento em que falou à McCain que a guerra do Iraque começou em 2003, e não em 2007, como McCain quer deixar transparecer... Foi assim no momento em que Obama afirmou: "Na época, quando a guerra começou, você disse que ia ser fácil e rápido. Você disse que sabia onde as armas de destruição em massa estavam. Você estava errado. Você disse que íamos ser saudados como libertadores. Você estava errado.”.
Apesar de tudo, Obama e McCain recusaram-se a apontar para qualquer um dos principais ajustes que seriam necessários fazer para reduzir às deduções fiscais ou programas de gastos, e que aponta para um período muito duro para o próximo presidente, seja ele qual for.
McCain tem uma tarefa mais espinhosa que a disputa pela presidência, que é a de descolar-se da imagem de Bush, o pior presidente da história americana. Não fosse isso, sua jornada seria mais fácil, em que pese sua avançada idade... A mesma idade que lhe confere experiência para, mesmo com todas as desvantagens, adotar no debate de ontem um tom de voz baixa e quase professoral, ao falar que teria de ensinar a Obama sobre política externa e invocar seus trinta de experiência política... McCain foi um tanto agressivo, principalmente nos primeiros vinte minutos do debate. Obama parecia calmo e parecia estar no controle da situação, como se estivesse perfeitamente ensaiado.
Não houve momentos de grande mudança de jogo ou grandes erros. É aguardar para ver como será daqui em diante... Um mês é muito tempo em política.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

McCain - Uma jogada de mestre...


A manobra dos republicanos, retardando o plano que prevê o gasto de U$ 700 Bi, pode na verdade, esconder uma grande jogada política no seu bojo... Os republicanos pretendem demonstrar ao país que são capazes de compor uma aliança com os democratas para salvar o mercado financeiro americano, independente de posições políticas diferentes... Se isso falhar, McCain poderá ter dado o tiro de misericórdia em sua candidatura, mas se der certo sepultará vivo Obama e os democratas.
O grande risco está no atraso, estimado em uma semana, que será provocado pela discussão de uma nova abordagem republicana ao colapso do sistema bancário americano... Pode ser que o socorro chegue tarde demais e leve não só o mercado interno para o buraco, mas toda economia mundial... Mas que a jogada republicana é genial, é!... Se os democratas não concordarem e a crise se tornar mais sistêmica do que já é, levarão à culpa por isso... Se concordarem, estarão se rendendo à estratégia do adversário... Enfim, a coisa para os democratas está mais ou menos assim: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!