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Chute o Lula

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Day After" da vitória de Dilma...












Analistas apontam os principais erros da campanha de Serra...
Os especialistas criticaram a demora de Serra em iniciar a campanha...
Favas contadas, prefiro não fazer coro e não ter choro de derrotado...
Democracia implica em saber perder, e não dá para se fazer de vítima de circuntâncias...
A oposição perdeu, e nos resta desejar que o próximo governo seja capaz de dar um cunho de moral e dignidade ao brasileiro, coisa que duvido muito...
Aos vencedores, as batatas!...
A conquista é um acaso que talvez dependa mais das falhas dos vencidos do que do génio do vencedor...
Mas vamos ao que interessa:
O candidato tucano à Presidência José Serra falhou em sua campanha ao não se posicionar claramente como opositor ao presidente Lula e ao fazer promessas que contrariavam o rigor fiscal, segundo alguns analistas.
Os especialistas também citaram, entre o que consideram os principais erros da campanha do tucano, a demora de Serra em lançar-se candidato e a sua insistência em abordar temas morais e religiosos durante a disputa com Dilma Rousseff, do PT.
Para Pedro Bahia, cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Serra cometeu um grave erro ao "criar o conceito do pós-Lula", apresentando-se como um candidato que daria continuidade ao governo atual.
"Se é para ser continuidade, a tendência é que o eleitor vote em quem o Lula indicar. Se queria ganhar, Serra tinha de se assumir como opositor", diz Bahia.
O consultor em Marketing Político, Carlos Manhanelli concorda e diz que o tucano deveria ter se apresentado "como alguém que resolveria os problemas que Lula deixou".
"Serra deixou o PT transformar a eleição num plebiscito de aprovação ao governo Lula, e o clima de plebiscito favorece quem está no poder".
Ele diz ainda que o tucano demorou para sair às ruas - lançou sua candidatura em abril deste ano e só começou a viajar pelo país em campanha em julho.
Neste domingo, o senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, defendeu que o partido lance seu próximo candidato à Presidência com dois anos de antecedência, em 2012.
Para a cientista política da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Maria do Socorro Sousa Braga, a principal falha da campanha foi a defesa de propostas como o aumento do salário mínimo e a criação de uma 13ª parcela para quem recebe o Bolsa Família.
"Essa estratégia gerou descontentamento justamente nos setores que votam nele: a classe média tradicional, que é quem pagaria a conta das medidas. Foi um tiro no pé", diz Braga.
A professora de ciências políticas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Helcimara Telles avalia que, além de afastar eleitores, as promessas de Serra alijaram o mercado.
Ela também acha que, ao trazer para o debate questões morais, Serra permitiu que o PT atraísse setores que ainda não estavam participando da campanha, como os intelectuais.
Telles diz ainda que os esforços da campanha tucana em apresentar Dilma como uma mulher sem atributos pessoais para presidir o país tiveram um "efeito bumerangue".
Embora divirjam sobre o impacto dos resultados deste pleito para o PSDB, a maioria dos analistas consultadosl considera que o partido terá de se reformular.
Para Carlos Manhanelli, o partido terá de "formar novas lideranças com discurso de oposição". Ele crê que, por causa da idade (68 anos), Serra dificilmente poderá disputar a próxima corrida presidencial.
Helcimara Telles avalia que o PSDB terá de optar por uma das alternativas para manter sua influência: "ou se assume como um novo partido de direita - e as eleições mostram que há espaço para a direita no Brasil -, ou se refaz, já que disputar o posto de partido de centro-esquerda com o PT se provou inviável".
Aécio e Alckmin
Apesar da conquista de oito governos estaduais, Pedro Bahia crê que o partido sai das eleições enfraquecido no plano nacional, com a perda de cadeiras no Senado e na Câmara.
Ele acredita que Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais e senador eleito, desponta como a principal liderança da oposição no governo Dilma, mas não crê que o mineiro vá continuar no PSDB devido a disputas internas.
Para Maria do Socorro Sousa Braga, caso prossiga na sigla, Aécio terá de disputar a liderança do PSDB com o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, "que também sai fortalecido desta eleição".

Fonte: BBC Brasil.

2 comentários:

Andressa Silva disse...

sem comentários para esse dia :)

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