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Chute o Lula

domingo, 28 de outubro de 2007

Comando de Caça aos Comunistas...


O Episódio descrito abaixo, serve para ilustrar um período onde CUT e PT caminhavam de braços dados, e a Imprensa não era chamada de "golpista" pelos esquerdopatas...Notem que o episódio data de Outubro de 2000, e a "delicadeza" com a qual o fotógrafo anônimo foi abordaddo pelos manifestantes, e o posterior encaminhamento da carta do engenheiro Maurício Campos dos Santos aos órgãos de direitos humanos...Se o tal fotógrafo possuisse um crachá da Globo ou da Veja certamente o tratamento teria sido outro, já que eles dependiam da mídia para chegar ao poder...Segue o acontecido:
"Companheiros e companheiras: favor, se for o caso, encaminhar vossas assinaturas ao Abaixo-assinado para a CUT/RJ (cutrj@alternex.com.br) ou Grupo Tortura Nunca Mais (gtnm@alternex.com.br) Companheiros e companheiras: Segue abaixo a denúncia/abaixo assinado preparado pelo Grupo Tortura Nunca Mais, um relato preparado por mim e, a carta de ameaça estah em http://www.cce.ufes.br/~rene/www/image/Carta_ccc.gif. O abaixo assinado deve ser dirigido a organizações do movimento popular e de direitos humanos. Para a imprensa, devem ser encaminhados TODOS OS TRÊS MATERIAIS, sem exceção. Para qualquer esclarecimento a mais, entrem em contato comigo por e-mail ou, hoje (10/10) no telefone da CUT/RJ (518-0541). Abraço a tod@s, Maurício."
Relato e esclarecimentos adicionais sobre a carta assinada pelo CCC (Comando de Caça aos Comunistas) A carta chegou por correio à minha residência na terça-feira, 03/10. Vinha endereçada a mim, constando como remetente "Carlos Coimbra Cabral" (notar iniciais CCC), tendo como endereço de remetente o endereço de meu trabalho. No envelope está o carimbo da Agência Central dos Correios e a data de postagem 29/09/00. Sobre alguns fatos citados na carta, deve-se esclarecer o seguinte:
1) No dia 26/09, estávamos nos concentrando na Praça XV para um ato em frente à Bolsa de Valores (simultâneo às manifestações que então aconteciam em Praga, República Tcheca, contra a reunião do FMI), quando percebemos, distante uns 150 metros, um indivíduo suspeito tirando fotografias nossas. Um grupo nosso aproximou-se dissimuladamente para abordá-lo. Assim que ele nos notou, começou a fugir com passo apressado, numa atitude totalmente suspeita. Continuamos em seu encalço. 2) Após contornar o Paço Imperial e a Assembléia Legislativa, o indivíduo subitamente correu e entrou num táxi. Corremos também e conseguimos alcançar e cercar o táxi. Um companheiro, na afobação, debruçou-se sobre e partiu o pára-brisa lateral do táxi, exatamente do lado onde estava o suspeito. Estranhamente, o motorista não esboçou maior reação a não ser tentar arrancar, o que impedimos nos colocando à frente e em torno do veículo. 3) Imediatamente abordei o suspeito pedindo sua identificação e perguntando porque estava nos fotografando. Ele recusou-se veementemente a se identificar e disse que só estava fotografando o Paço. Quando notei que não adiantava pressionar e que ele não se identificaria a não ser sob coação física violenta, o que não era nossa intenção, disse-lhe que o liberaríamos desde que ele entregasse todos os filmes que tivesse. Após alguma insistência ele acabou entregando os filmes e permitindo que revistasse sua bolsa, após o que o liberamos e ao táxi. 4) Colocamos o filme usado imediatamente para revelar e constatamos que o indivíduo de fato estava realizando fotos de identificação de quem se encontrava na concentração. Pela sequência das fotos reveladas, ele ficou mais de uma hora nos fotografando de diversos ângulos. 5) No dia 28/09, na Cinelândia, acontecia uma manifestação contra o Plano Colômbia (que depois saiu em passeata em direção ao consulado dos EUA), quando foi percebida e denunciada a presença de um agente federal conhecido, que estava inclusive presente num ato realizado na segunda-feira anterior, 25/09, em frente à Polícia Federal, contra a prisão do companheiro colombiano Oliverio Medina. 6) Esse agente, conhecido de companheiros do Sintrasef (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal), foi fotografado e abordado, respondendo provocativamente às nossas perguntas. A mim, particularmente, perguntou sobre minha idade, chamando-me de "garoto"; e depois disse que, se alguém fizesse algo contra mim, ele saberia quem foi. Retirou-se do local sem sofrer nenhuma violência. 7) Sobre a sequência de atividades em que participei, descrita, com razoável precisão, na carta, devo registrar que a menção à Candelária refere-se à manifestação organizada pela Frente de Luta Popular no dia 29 de agosto, sétimo aniversário da chacina de Vigário Geral, contra a violência que atormenta as comunidades de favelas do Rio de Janeiro. Como todos devem se lembrar, esta manifestação foi objeto de intensa campanha de intimidação por parte do governo estadual, e em especial do secretário Josias Quintal, que ameaçou e cumpriu a ameaça, de colocar enorme quantidade de policiais e agentes filmando e fotografando todo o ato. Maurício Campos dos Santos ABAIXO ASSINADO Solicitamos às entidades, partidos políticos, personalidades e parlamentares que engrossem este abaixo-assinado: "Nós, entidades abaixo relacionadas, vimos denunciar as ameaças que vem sofrendo o companheiro Maurício Campos dos Santos. Vivemos hoje no Brasil uma incipiente democracia conquistada a duras penas, após o regime militar que prendeu, torturou e assassinou centenas de brasileiros durante quase vinte anos. Os responsáveis por essas arbitrariedades, tanto civis quanto militares, não foram condenados por seus crimes e sim acobertados pela impunidade que predomina em nosso País, inclusive durante os últimos governos civis eleitos. Os regimes autoritários não se sustentaram no Brasil e nem na América Latina. Queríamos, e ainda queremos, um Brasil livre, sem fome, sem desemprego, sem miséria, onde os direitos de pensar, falar, de ir e vir sejam efetivamente respeitados. Entretanto, até hoje isso não foi conseguido. Daí, a luta dos sem terra, dos sem teto, dos excluídos pelos direitos do cidadão que começa a incomodar às elites dominantes e a muitos que, ainda hoje, se mantêm impunes. Sabemos que aqueles que participaram e/ou participam das engrenagens repressivas só conhecem a linguagem da violência e da intimidação. Estamos nos referindo a um recente episódio que vem sofrendo o engenheiro MAURÍCIO CAMPOS DOS SANTOS, militante da FLP - Frente de Luta Popular - ameaçado por uma carta assinada pelo CCC - Comando de Caça aos Comunistas. A carta esquadrinha seus passos, suas atividades políticas, ameaçando-o veladamente de castigo. A quem interessa a volta do terrorismo de grupos fascistas, como o CCC ? Queremos tornar pública nossa indignação e nosso repúdio a este ato covarde e hipotecamos nossa solidariedade ao companheiro Maurício Campos dos Santos em sua luta pela cidadania e democracia em nosso País. As entidades que assinam esta denúncia afirmam que não se intimidam com tais ameaças e que continuam desenvolvendo seus trabalhos por um Brasil mais justo e fraterno". Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2000. Asinatura: Grupo Tortura Nunca Mais/RJ Programa de Estudos dos Povos Indígenas/UERJ Programa Cidadania e Direitos Humanos/UERJ Marcio Malacarne SJ.Campos (SP) Companheiros e companheiras: favor, se for o caso, encaminhar vossas assinaturas ao Abaixo-assinado para a CUT/RJ (cutrj@alternex.com.br) ou Grupo Tortura Nunca Mais (gtnm@alternex.com.br) .
Preciso dizer mais alguma coisa?...Brasil, um país de tolos!

Um comentário:

Salete Lemos disse...

Não sabia que ainda existia o CCC !