O paraíso cubano - Parte II.

Na minha cruzada anticomunista, me deparo com alguns defensores do regime, que parecem achar que Cuba é uma espécie de paraíso terrestre, e que as duras privações às quais os habitantes são submetidos, são perfeitamente aceitáveis para que se mantenha de pé um regime político ridículo... Bem pouco tempo faz que a Ilha de Fidel foi seriamente afetada por furacões, e até para que se pudesse enviar ajuda material aos que perderam tudo, a recomendação era para que os donativos fossem entregues pessoalmente aos necessitados, sob pena de que, se encaminhado às autoridades, fossem roubados por eles... E onde estão as prometidas reformas econômicas de que falou Raúl Castro?... Ninguém sabe, ninguém viu!

Segue o texto de Yoani Sanchez sobre isso:

“Agosto e Setembro foi uma dura prova para as aguardadas reformas econômicas, que parecem ter naufragado antes mesmo de lançar a âncora... - Você tem que ter confiança na gestão de Raúl Castro - diz uma amiga ao ver a minha persistente desconfiança... - Ele logo vai implementar novas medidas - , assegurou-me a mesma senhora, quase três meses atrás... Ela pertence ao grupo daqueles que esperam que os governantes possam resolver os nossos problemas atuais, muitos dos quais criados com suas proibições absurdas.
A dúvida vem de algo que é uma espécie de `pecado original´ do governo de Raul... O de não ter sido eleito pelo povo, mas de ser o resultado de uma sucessão dinástica e de sangue. Não foi escolhido tendo ao menos um oponente para confrontá-lo e, para mim, uma nomeação sem alternativa não é uma eleição.
O atual presidente não propôs um programa, não se comprometeu com seus eleitores, e isso faz com que não tenha qualquer responsabilidade. As tão necessárias medidas podem levar um ano ou um período de cinco anos, porque para ele não vai fazer diferença. Alcançou sem concorrentes, a tentadora maçã do poder. Agora pode comê-la sem pressa, porque o nosso voto não foi o caminho que o levou à consegui-la.”

O paraíso cubano, por Yoani Sánchez...

Yoani Sánchez é uma blogueira cubana que tenta sair da Ilha para uma viagem à Europa, e tem sua permissão negada... Isso há um ano!... Segue aqui o desbafo desta refém do socialismo da ilha de Fidel:
"Algumas pessoas têm uma parede cheia de diplomas ou a camisa lhes é pesada por conta das medalhas. Heróis que acumulam cicatrizes e cidadãos que reuniram frustrações. Para não ficar para trás nessas manias generalizadas de colecionar, eu trato de fazer minha própria coleção. Coleciono negativas de viagem, e papeizinhos que dizem que não posso sair “por enquanto”, e passagens aéreas adiadas. Tudo isso com a mesma compulsão que outros colecionam etiquetas de refresco ou figuras de cerâmica.
Cabeça dura, como uma lata de leite condensado, volto a apresentar meus documentos para visitar a Europa. Não me conformo com o "não", que me haviam dito em maio, e voltei ao escritório de “Emigración y Extranjería” do município de Plaza. Esperei vários dias, enquanto à quebra de uma máquina prolongava uma resposta que já intuía. Por fim, alguém de verde-oliva me confirmou que a determinação segue valendo. O corretivo, como ajoelhar sobre o arroz ou sobre o milho, é no meu caso a proibição de sair desta Ilha. Não terá aprendido ainda, Estado paternalista, quão entediados ficam seus filhos, que raras vezes podem sair de casa?"
Deixo aqui o segundo documento, que em menos de um ano, dá conta da minha condição de "blogueiro cativo":

O blog dela pode ser visto em: http://www.desdecuba.com/generaciony/

Tradução: Sergio Bianchi

O melancólico adeus de um tirano...

Este dia demorou tanto, que parecia difícil acontecer... Mas finalmente aconteceu!

Ao menos em teoria Fidel, o fracassado mais famoso da história, deixa o poder.

Deixa também muitas "viúvas míopes" que acreditam ser Cuba, o portão do Éden.

O homem que um dia se intitulou "libertador", converteu-se num tirano sanguinário que foi capaz de aprisionar e matar aqueles que se opusessem aos ideais socialistas que ele imaginava.

O ditador não percebeu que fracassou... Não conseguiu implantar o tal "socialismo" na ilha, e não foi por falta de tempo... Teve quase 50 anos para isso!

Pelo menos uma coisa ele conseguiu socializar: A miséria.

O povo, diferentemente do que querem fazer crer os amantes do socialismo, vive num estado de privação absoluta, não só de idéias e liberdade, mas também de gêneros de primeira necessidade.

A riqueza de todos os refugidos cubanos residentes em Miami, é maior que toda economia da ilha de Fidel.

O descontentamento da população é grande, principalmente entre os mais jovens, mas o medo da polícia politica mantém o povo amordaçado e receoso por ser enquadrado na lei que pune os chamados "crimes de consciência".

Coisa de comunista.

Vem aí uma eleição de mentirinha, do tipo que só comunista sabe fazer.

Vamos ver quem será o "eleito".

Segundo analistas, Cuba deverá caminhar daqui para frente, para um modelo de economia comunista semelhante ao da China... Vamos ver no que vai dar isso.

Seguramente Cuba parou no tempo, e sua recuperação econômica deverá consumir algumas décadas, e isso somente será possível com investimentos externos pesados, e garantias legais aos que se dispuserem investir na ilha.

Não é muito, mas ver Fidel fora do poder já é um começo.

Pena não dar para vê-lo na cadeia por seus crimes.

A morte pura e simples deste criminoso, será mais um prêmio que um castigo, e não produzirá em mim nenhum sentimento de piedade ou palavra de lamento.

Os canalhas também envelhecem.

Pena que vivam tanto.