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Chute o Lula

quinta-feira, 5 de março de 2009

Beyond Citizen Kane (no Brasil, Muito Além do Cidadão Kane)...

Alguns leitores do blog tem escrito para o generalidadescotidianas@hotmail.com e questionado a posição quase omissa da Rede Globo em relação aos numerosos escândalos do governo Lula... Esquecem-se que não existem coincidências... Na verdade a “coincidência” neste caso é a montanha de dinheiro que o BNDES emprestou ao grupo, e que entre outras coisas, parece ter comprado o silêncio da Vênus Platinada... Mas a Globo sempre foi assim!... É antigo, mas vale para refrescar a memória dos leitores... Leiam o material produzido pela BBC e transformado em livro por Geraldo Anhaia Mello:

“É um documentário televisivo britânico de Simon Hartog produzido em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido. A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, poder e suas relações políticas. O ex-presidente e fundador da Globo, Roberto Marinho, foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, personagem criado em 1941 por Orson Welles para Cidadão Kane, um drama de ficção baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos Estados Unidos. Segundo o documentário, a Globo emprega a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como o fez Kane.
O documentário acompanha o envolvimento e o apoio da Globo à ditadura militar, sua parceria ilegal com o grupo americano Time Warner (naquela época, Time-Life), a política de manipulação de Marinho (que incluíam o auxílio dado à tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola, a cobertura tendenciosa sobre o movimento das Diretas-Já, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício do movimento como um evento do aniversário de São Paulo e a edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello frente a Luis Inácio Lula da Silva), além de uma controvérsia negociação envolvendo acções da NEC Corporation e contratos governamentais.
O documentário apresenta entrevistas com destacadas personalidades brasileiras, como o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, os políticos Leonel Brizola e Antônio Carlos Magalhães, o publicitário Washington Olivetto, os jornalistas Walter Clark, Armando Nogueira, Gabriel Priolli e o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva.
O documentário foi transmitido pela primeira vez em setembro de 1993, por meio do Canal 4 britânico. A transmissão foi adiada por um ano, porque a Rede Globo contestou, baseado em leis do Reino Unido, os produtores de Muito Além do Cidadão Kane pelo uso sem permissão de pequenos fragmentos de programas da emissora para fins de "observação crítica e de revisão".
Durante este período, o diretor Simon Hartog morreu após uma longa enfermidade. O processo de edição do documentário foi assumido por seu co-produtor, John Ellis. Quando pôde ser finalmente transmitido, cópias do documentário foram disponibilizadas ao custo de produção pelo Channel 4. Muitas cópias foram enviados ao Brasil através da comunidade brasileira residente na Grã-Bretanha.
O filme seria exibido pela primeira vez no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro, em março de 1994. Um dia antes da estréia, a polícia militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando em caso de desobediência multar a administração do MAM-RJ e também intimidando o secretário de cultura, que acabou sendo despedido três dias depois.
Durante os anos noventa, o filme foi mostrado ilegalmente em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. [1] Em 1995, a Globo tentou caçar as cópias disponíveis nos arquivos da Universidade de São Paulo através da Justiça Brasileira, mas o pedido lhe foi negado.
O filme teve acesso restrito a essas pessoas e só se tornou amplamente vistos a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.
A Rede Globo tentou comprar os direitos para o programa no Brasil, provavelmente para impedir sua exibição. No entanto, antes de morrer, Hartog tinha acordado com várias organizações brasileiras que os direitos de televisão não deveriam ser dados à Globo, a fim de que o programa pudesse ser amplamente conhecido tanto por organizações políticas e quanto culturais. A Globo perdeu o interesse em comprar o programa quando os advogados da emissora descobriram isso, mas o filme permanece proibido de ser transmitido no Brasil.
Entretanto, muitas cópias em VHS e DVD vem circulando no país desde então. O documentário está disponível na Internet, por meio de redes P2P e de sítios de partilha de vídeos como o YouTube e o Google Video (onde se assistiu quase 600 mil vezes).
Contrariando a crença popular, o filme está disponível no Brasil, embora em sua maioria em bibliotecas e coleções particulares.
Quando era funcionário do Museu da Imagem e do Som de São Paulo à época do lançamento do documentário, Geraldo Anhaia Mello havia promovido exibições públicas do mesmo. Quando soube, o então secretário de cultura da cidade de São Paulo Ricardo Ohtake proibiu as exibições, com a alegação de que a cópia do acervo era pirata. O pedido de proibição veio de Luiz Antônio Fleury Filho, então governador do Estado de São Paulo. Mello cuidou de fazer cópias do documentário e se encarregou, juntamente com outras pessoas, da dublagem e distribuição. O livro, que veio logo depois, se trata de uma transcrição em português do roteiro e das entrevistas, exceto alguns trechos de entrevistas de rua ou cenas do acervo da Globo. Os trechos não-dublados no vídeo estão presentes na transcrição”.

Geraldo Anhaia Mello - Muito além do cidadão Kane - São Paulo – 1994.

Um comentário:

Ynot Nosirrah disse...

O poder da Globo é tão grande e tão intimidador que há rumores de que a TV Diário, uma emissora de televisão que não é afiliada a nenhuma rede nacional e que está sediada em Fortaleza, parou de transmitir via satélite para o resto do país porque a Globo, que estava perdendo audiência para ela em alguns Estados e horários, teria pressionado. Se lhe interessar saber mais sobre isto, consulte

http://eliomardelima.blogspot.com/2009/03/o-deputado-federal-jose-airton-pt-deu.html

http://eliomardelima.blogspot.com/2009/03/deputado-faz-pronunciamento-em.html

http://eliomardelima.blogspot.com/2009/03/e-finalmente-tv-diario-da-alguma.html

http://eliomardelima.blogspot.com/2009/02/tv-diario-sai-do-satelite-e.html

http://eliomardelima.blogspot.com/2009/02/pressionada-tv-diario-pode-tirar.html