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Chute o Lula

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Política educacional brasileira: Eu finjo que faço, e você que acredita...


Muito já se falou sobre cotas nas universidades, mas creio que esse artigo é bastante esclarecedor sobre o que está no centro da questão:

“Infelizmente, nos mais variados níveis e em proporções distintas, somos adeptos do jeitinho e pior: nos orgulhamos disso. Com o belo nome de ações afirmativas, que visam garantir uma compensação histórica dos negros que desde sempre nesse País são desfavorecidos no campo social, econômico, político e educacional, o governo do 'nunca antes nesse país' leva aos quatro cantos do mundo que está promovendo a igualdade social por meio da inserção de desfavorecidos nas universidades públicas brasileiras. A causa é justa e o reparo precisa ser feito, mas o meio encontrado é tipicamente brasileiro: criam-se vestibulares paralelos nos quais os menos preparados competem com os menos gabaritados e assim as autoridades festejam o feito sem muito esforço na formulação de idéias para corrigir a causa do problema, que é o estado caótico das escolas públicas.”
“Também o que se podia esperar de um governo cujo mandatário-mor tem orgulho de dizer que não estudou e que não consegue esconder sua inveja dos mais letrados, especialmente seu antecessor na presidência da república. Para quem não se preocupa com qualificação e estudo, condições iguais de competição não são importantes. As cotas são exatamente o caminho mais curto para o governo federal fingir que está resolvendo o problema e ter a condição mínima de ir aos meios de comunicação afirmar que 'nunca antes na história desse País' um problema da dimensão desse foi tão bem 'maquiado' pelas autoridades. Gostaria de tomar conhecimento de um programa do governo federal para a reestruturação do ensino público com ajuste de salários para professores, qualificação dos mesmos, investimentos em estrutura física, sala de computação, dentre outras coisas.”
“Não há como se culpar os beneficiados; pessoas que jamais tiveram oportunidades dessa dimensão na vida e com certeza não hesitarão em valer o direito de ingressar numa universidade pública com o intuito de construir o seu futuro profissional. A irresponsabilidade total é daqueles que vendem a idéia que haverá compensação histórica colocando negros e indivíduos oriundos de escolas públicas no ensino superior nacional por meio de vagas especiais. Primeiro que o déficit de conhecimento em decorrência do ensino médio sempre existirá e será determinante em algum momento na contratação dessas pessoas, exceto se os defensores desse sistema já estiverem pensando em cotas para a inserção desses estudantes no mercado de trabalho. Comodismo gera comodismo e tais atitudes irão se espalhar em todos os níveis, assegurando artificialmente o futuro de alguns milhares de jovens desfavorecidos.”


Artur Salles Lisboa de Oliveira
Publicado em: http://www.raciociniocritico.com/
Imagem: Google

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