Geração perdida...

O episódio do ataque na madrugada de domingo 08/06, a um policial a paisana, em pleno coração de São Paulo, a Rua Augusta, praticado supostamente por simpatizantes de um grupo Nazi-Fascista, é mais um daqueles alertas que ninguém parece ouvir: Sociólogos debatem, ONG´s promovem encontros para discutir o tema, mas nada é capaz de deter a violência gratuita que fascina os jovens... Há um esgarçamento do tecido social que produziu, sem motivos aparentes, uma geração de imbecis que cultuam a violência... Nem mesmo “causa” eles tem... É apenas o ódio gratuito aos que julgam “diferentes”.
A raiz deste problema seguramente está estrutura familiar, que por diversos motivos vive um vácuo moral, e faz com que pais e filhos coexistam como estranhos, sem que haja nenhum prazer, antes da obrigação, na mútua convivência... Os pais não se interessam em saber com quem seus filhos andam, como se comportam na escola ou no trabalho... Tratam a educação deles como um ônus, um fardo pesado a carregar... Este comportamento relapso produziu uma geração perdida, e levando em conta que os jovens são o futuro do Brasil, estamos em um beco sem saída... Temo por este futuro.
Não adianta simplesmente por a culpa na vida moderna e na necessidade cada vez mais premente de ganhar o pão de cada dia... Educar sempre foi trabalhoso, mas trocar o prazer de uma conversa em família para assistir TV ou enfiar-se num botequim para beber com amigos, seguramente não é educar.
Fica cômodo dizer depois que “desconhecia” o que os filhos faziam, mas as tragédias decorrentes disso são marcas que ficam para sempre.
Educar dá trabalho, mas é imprescindível na formação do caráter de nossos filhos.
Acordemos antes que seja tarde. Família é para ser vivida 24 horas por dia.