
Parece que enfim, alguém resolveu tocar no tema do fim do voto obrigatório... Não que ninguém tenha feito isso antes, mas pela primeira vez o presidente do TSE, Ayres Britto vem falar no assunto... Eleições para as câmaras municipais são um tremendo desperdício de tempo e dinheiro público, e à função desempenhada pelos vereadores poderia perfeitamente ser feita por associações de moradores na figura de seus presidentes, e fiscalizada de forma muito mais eficiente pelos moradores, com a vantagem que os presidentes poderiam ser destituídos do cargo a qualquer tempo, e sem “impunidade parlamentar”... O fato é que a área de abrangência de um vereador nas grandes cidades é tão grande que ele acaba não tendo compromisso com ninguém, nem mesmo com a comunidade de onde é oriundo... Mas mesmo assim, somos obrigados a votar, mesmo que não seja nele ou em ninguém... Quero meu direito de só ir às urnas quando achar que alguém merece meu voto... Neste sentido disse Britto:
“Eu entendo que temos um encontro marcado com esse tema no futuro e a legislação consagrará, como em outros países, a voluntariedade do voto. O eleitor comparecendo porque quer participar efetivamente do processo eleitoral e se engajando nas campanhas com mais conhecimento de causa e determinação pessoal”... Mas como tudo no Brasil tem um “mas”, ele conclui: “Como rito de passagem, a obrigatoriedade do voto deve permanecer ainda por mais tempo. Até que a democracia se consolide e que a economia chegue mais para todos”... É, de novo, o estado se metendo a ser tutor do cidadão, como se consciência política dependesse do saldo bancário de cada um, e que desigualdades sociais são um motivo extra para obrigatoriedade do voto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário