Anheuser-Busch... Ou seja, cervejaaaa!

Engana-se quem acha que chegou ao fim a novela envolvendo a gigante InBev, (cervejaria belgo-brasileira nascida da fusão entre a belga Interbrew e a brasileira AmBev), e a americana Anheuser-Busch (leia-se, Budweiser )... A oferta hostil de U$ 65,00 por ação feita pela InBev, totalizando U$ 46,3 bilhões, vai encontrar ainda forte resistência do governo americano, além da já tradicional discordância da venda por parte da família Bush, que teme que os brasileiros assumam o controle executivo, tal como aconteceu com a InBev após a fusão... Embora a família Bush não detenha mais o controle da cervejaria e tenha "apenas" algo em torno de 5% do capital, deve fazer grande pressão política contra a concretização do negócio... A verdade é que o negócio vem consolidar uma das mais impressionantes carreiras de um administrador que se tem notícia, a do brasileiro Carlos Brito, homem da área de finanças da Brahma nos anos 80, e tido como um admistrador agressivo e que promoveu cortes brutais na companhia, e homem de confiança do banqueiro de investimentos Jorge Paulo Lemann e seus parceiros do banco Garantia, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Os três banqueiros são hoje os maiores acionistas individuais da InBev, formada depois que eles venderam a AmBev para a Interbrew em 2004.
A política de competição entre os empregados que é usada na InBev, ajudou a empresa a dobrar seus lucros desde que Brito assumiu a direção da empresa em 2005... Vamos ver o que conseguirão fazer na gigantesca e morna Anheuser-Busch, que ao voltar-se apenas para mercado americano, perdeu competitividade e acaba de ser engolida pelos brasileiros... Com um parceiro como Warren Buffett como maior acionista individual da empresa e defensor do negócio, e um gestor de "interesses familiares" como August Busch IV, que levou a juventude entre um atropelamento e outro, viraram presas fáceis... Fácil, porém cara...
Só espero que consigam melhorar seu "carro-chefe", a cerveja Budweiser... Êta cervejinha ruim!