A reportagem de VEJA desta semana, que trata de grampos eletrônicos, coloca luz sobre os acontecimentos mais sombrios que se tem notícia, desde o retorno nacional à Democracia... O monitoramento eletrônico de pessoas intimamente ligadas ao governo, bem como autoridades de outros poderes...O fato é uma violação penal, para dizer o mínimo, mas demonstra o grau de tensão existente entre os diversos poderes da república, e uma indústria subterrânea do “quanto pior, melhor”, que encontra alimento nas próprias fileiras governamentais.
Este mesmo governo tem se esmerado em tensionar às relações entre as diversas esferas de poder e porque não dizer, entre a sociedade... Um ministro da justiça que levanta temas que já deveriam estar encerrados, não pode produzir nada de bom... Uma corte máxima como o STF que diz, na voz de seu presidente, que não pode levar em conta o clamor da sociedade, perde a chance de permitir que o povo se sinta amparado e que se cumpra à óbvia máxima que diz que “o poder emana do povo, e em seu nome será exercido”... Se a máxima instância legal do país não é capaz de resguardar os interesses da coletividade, mesmo que respaldada na constituição, perde legitimidade mesmo mantendo a legalidade, e me parece que isso está sendo muito bem explorado por quem convém o caos... Fica muito difícil conciliar interesses tão díspares quanto os do governo, e os da sociedade uníssona que eles desejam que sejamos.
Nem todos estão dispostos a servir como "massa de manobra".
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